Quando ouvimos falar em hackers, logo pensamos em invasões digitais, crimes cibernéticos e ameaças virtuais. No entanto, o termo hacker nem sempre está ligado a algo negativo. Muitos deles ajudaram a impulsionar a tecnologia, desafiando sistemas e provocando mudanças na segurança digital. Neste artigo, você vai conhecer os 5 hackers mais famosos da história, o que eles fizeram e por que ficaram tão conhecidos.

1. Kevin Mitnick – O “maior hacker do mundo”

Kevin Mitnick é talvez o mais conhecido da história. Nos anos 1980 e 1990, ele invadiu sistemas de grandes empresas como:

• IBM

• Motorola

• Nokia

• Sun Microsystems

Mitnick não usava apenas habilidades técnicas — ele era mestre em engenharia social, ou seja, manipular pessoas para obter acesso a informações.

Foi preso em 1995 pelo FBI após uma caçada intensa. Passou cinco anos na prisão, a maior parte em confinamento solitário. Após sua libertação, se tornou consultor de segurança e escreveu livros como A Arte de Enganar.

Mitnick mostrou ao mundo que o elo mais fraco de qualquer sistema é o ser humano.

2. Adrian Lamo – O hacker que denunciou Chelsea Manning

Adrian Lamo ficou famoso por invadir sistemas de empresas como:

• The New York Times

• Microsoft

• Yahoo!

Mas seu nome entrou para a história quando ele denunciou Chelsea Manning, analista do exército americano que vazou milhares de documentos confidenciais ao WikiLeaks.

Lamo foi visto por alguns como traidor, por outros como patriota. Sua história gerou debates profundos sobre ética, privacidade, lealdade e liberdade de informação.

Faleceu em 2018, aos 37 anos.

3. Gary McKinnon – O maior hacker militar da história

Entre 2001 e 2002, o escocês Gary McKinnon invadiu 97 computadores da NASA, do Pentágono e de outras agências militares dos EUA.

Segundo ele, sua motivação era simples: queria encontrar informações sobre OVNIs e energia livre. Durante sua investigação não autorizada, apagou arquivos críticos e causou danos estimados em milhões de dólares.

O governo dos EUA tentou extraditá-lo por anos, mas o Reino Unido recusou, alegando risco à sua saúde mental. McKinnon se tornou um símbolo da luta contra a extradição e levantou debates sobre vigilância e acesso à informação governamental.

4. Anonymous – O coletivo sem rosto

Diferente dos hackers individuais, o Anonymous é um grupo descentralizado e anônimo, formado por ativistas digitais (ou “hacktivistas”) que promovem causas políticas e sociais.

Entre suas ações mais conhecidas estão:

• Ataques a sites da Scientology

• Invasões em protesto contra o assassinato de George Floyd

• Exposição de dados de governos autoritários

• Campanhas em apoio a liberdade de expressão e direitos civis

O Anonymous não tem liderança formal e qualquer pessoa pode agir “em nome” do grupo, o que dificulta rastrear responsabilidades. Ainda assim, suas ações têm impacto global.

5. Albert Gonzalez – O mestre dos cartões de crédito

Albert Gonzalez liderou uma das maiores redes de crimes cibernéticos já registradas. Entre 2005 e 2007, ele e seu grupo roubaram mais de 170 milhões de números de cartões de crédito e débito de empresas como TJX e Heartland Payment Systems.

Utilizavam técnicas de:

• SQL injection

• Sniffing de redes Wi-Fi

• Instalação de malware em sistemas de pagamento

Foi preso em 2008 e condenado a 20 anos de prisão — uma das penas mais longas já aplicadas a um hacker. Seu caso revelou o quão vulnerável era (e ainda é) a infraestrutura de pagamento digital.

Hackers: vilões ou heróis?

A linha entre o bem e o mal no mundo dos hackers é tênue. Muitos começaram suas trajetórias por curiosidade ou rebeldia, e acabaram provocando mudanças importantes em como pensamos segurança, privacidade e liberdade online.

Alguns se tornaram criminosos. Outros viraram consultores de segurança cibernética. Muitos ainda estão à margem, influenciando o mundo digital a partir das sombras.

O legado deixado no mundo digital

Os maiores hackers da história não apenas invadiram sistemas — eles mudaram paradigmas. Mostraram que nenhuma tecnologia é infalível e que, para proteger o futuro digital, é preciso entender como ele pode ser explorado.

A lição é clara: no mundo virtual, conhecimento é poder — e também uma responsabilidade.