Dia Mundial do Cachorro: ranking 2025 revela as raças e os nomes preferidos dos brasileiros

No Dia Mundial do Cachorro, veja o ranking 2025 com as raças e os nomes mais populares no Brasil e entenda as tendências que movem o universo pet.

Por que 26 de agosto é o Dia Mundial do Cachorro

Todo dia é dia de celebrar nossos companheiros de quatro patas, porém o calendário oficial reservou 26 de agosto para um tributo global. A data, conhecida como International Dog Day, foi criada em 2004 pela ativista de bem-estar animal Colleen Paige, e não por acaso carrega um simbolismo íntimo: foi em um 26 de agosto que sua família adotou o primeiro cão de um abrigo, um sheltie que mudou tudo. A partir desse gesto, a iniciativa passou a incentivar a adoção, a proteção contra maus-tratos e o reconhecimento do papel afetivo e social dos cães. Desde então, o 26/8 ganhou o mundo, inclusive o Brasil, como um momento de visibilidade para causas, campanhas e histórias que aproximam gente e bichos.

O Brasil que ama cães: tamanho do mercado e da população pet

Embora a celebração seja simbólica, ela encontra por aqui um cenário bastante concreto: o Brasil figura entre as maiores potências globais quando o assunto é população pet e consumo no setor. De acordo com dados recentes, o país abriga algo entre 150 e 160 milhões de animais de estimação, consolidando-se na terceira posição mundial e demonstrando um crescimento constante ano após ano. Em paralelo, o mercado pet brasileiro movimentou R$ 75,4 bilhões em 2024, resultado que evidencia tanto a relevância econômica do segmento quanto a mudança cultural que coloca os pets dentro do núcleo das famílias. Assim, ao falar de cães, falamos também de um ecossistema que envolve saúde, bem-estar, alimentação, serviços e tecnologia, que avança apesar dos ciclos macroeconômicos.

Nesse contexto, vale notar que tendências de consumo e comportamento caminham juntas. À medida que os tutores acessam mais informação e serviços, cresce a busca por alimentos premium e por soluções de saúde preventiva, ao mesmo tempo que se consolidam novos hábitos de lazer e socialização com os cães. Portanto, não é surpresa que, quando observamos os rankings de raças e de nomes, encontremos um retrato que dialoga com moradias urbanas, rotinas corridas e escolhas afetivas curtas e fáceis de pronunciar.

As raças de cachorro mais populares do país em 2025

Se a pergunta é “quais raças o Brasil mais tem em casa neste momento?”, a resposta vem de uma base robusta. O PetCenso 2025, que analisou mais de 1,8 milhão de pets do ecossistema Petlove, confirma uma liderança que já virou tradição: os SRDs — os famosos vira-latas — seguem no topo com 26% entre os cães. Logo depois, aparecem o Shih Tzu, com 17%, e o Yorkshire Terrier, com 6%, enquanto o Spitz Alemão marca 5% e o Lhasa Apso ocupa 3%. Em seguida, figuram Golden Retriever, Pinscher, Dachshund, Pug e Maltês, cada qual em faixas que orbitam entre 2% e 3%. Em síntese, o pódio mistura o carisma democrático dos sem raça definida com um conjunto de raças pequenas e medianas, muito compatíveis com apartamentos, rotinas metropolitanas e perfis que priorizam temperamento dócil e manutenção viável.

Além dos números, a foto de 2025 reforça uma curva histórica. Desde 2016, os SRDs se mantêm na liderança, o que não só demonstra a força da adoção como também a evolução da percepção social sobre o valor da mestiçagem. Ao mesmo tempo, a presença recorrente de raças de companhia de porte pequeno — como Shih Tzu, Yorkshire e Spitz — ilustra a adaptação dos lares às exigências do cotidiano contemporâneo, inclusive em cidades grandes. Portanto, a preferência nacional dialoga tanto com o coração quanto com a logística.

Os nomes queridinhos dos tutores: fêmeas e machos

Quando a discussão muda das raças para os nomes, o Brasil confirma uma tendência global: os curtinhos, sonoros e afetivos dominam. Segundo o PetCenso 2025, entre as fêmeas, Mel, Luna e Amora formam o trio mais popular, enquanto, entre os machos, Thor e Luke indicam uma influência clara da cultura pop, seguidos por alternativas como Theo, Bob e Apolo. Em termos práticos, nomes com duas sílabas e vogais abertas parecem facilitar tanto o chamado quanto o adestramento, além de soarem carinhosos no dia a dia. Essa preferência, aliás, é corroborada por coberturas recentes na mídia, que destacam exatamente o protagonismo de Mel e Luna de um lado e de Thor e Luke do outro, alinhando os dados à percepção cotidiana dos tutores.

Curiosamente, à medida que franquias audiovisuais e personagens de entretenimento se tornam onipresentes, há picos periódicos de nomes inspirados em heróis, vilões e protagonistas de séries. Ainda assim, no Brasil, a doçura segue como bússola: Mel e Amora, por exemplo, condensam afeto, simplicidade e uma musicalidade que se encaixa na conversa doméstica. Desse modo, cultura pop e carinho caminham juntos, mas o coração — e o ouvido — continuam mandando.

Cultura pop, afeto e urbanização: o que explica essas escolhas

Para entender as listas, é útil olhar além das tabelas. Em primeiro lugar, há uma dimensão emocional evidente: nomes curtos, como Mel e Luna, transmitem proximidade e são rapidamente internalizados por todos da casa, inclusive por crianças. Em segundo, a urbanização e o estilo de vida influenciam a preferência por raças de companhia que pesam menos, soltam menos pelo e demandam rotinas de passeio mais curtas, características associadas a Shih Tzu e Yorkshire, por exemplo. Em terceiro, a cultura pop atua como repertório comum, oferecendo referências imediatas — caso de Thor e Luke — que agregam personalidade sem complicar a pronúncia. Portanto, escolhas funcionais, afetivas e culturais se entrelaçam, produzindo um painel coerente com a vida real.

Além disso, a disseminação de informação sobre comportamento canino tem tornado o tutor mais estratégico. Comportamentos como latido, apego e sensibilidade à separação, somados à facilidade de transporte, entram na equação desde o começo. Consequentemente, ao batizar e ao escolher a raça (ou ao abraçar um SRD), o tutor moderno mira compatibilidade e previsibilidade, reduzindo frustrações e maximizando a qualidade de vida para ambos.

A força dos SRDs e a adoção responsável

Embora o fascínio por determinadas raças seja inegável, o protagonismo dos SRDs diz muito sobre nós. Em termos práticos, a liderança dos sem raça definida reflete um avanço de consciência: cresce a percepção de que temperamento, saúde e vínculo não dependem de pedigree. Além disso, organizações de proteção animal e campanhas públicas têm ampliado a visibilidade da adoção, enquanto a experiência positiva de quem adota — frequentemente compartilhada em redes sociais — cria um ciclo virtuoso de inspiração. Assim, o topo do ranking não é apenas estatística; é também um recado social que associa o Dia Mundial do Cachorro à causa da adoção e ao combate ao abandono.

Outro ponto importante é que, do ponto de vista de bem-estar, acolher um SRD não significa abrir mão de previsibilidade ou cuidado. Hoje, a medicina veterinária preventiva e a nutrição de qualidade estão amplamente disponíveis e acessíveis, o que reduz incertezas e amplia a longevidade. Por fim, ao adotar, o tutor frequentemente encontra o “match” ideal de personalidade, justamente porque, em abrigos e ONGs, há acompanhamento que ajuda a conectar perfil de cão com rotina de família, algo que mitiga devoluções e potencializa a felicidade de longo prazo.

Como escolher bem: nome, raça e estilo de vida

Escolhas certeiras nascem do autoconhecimento. Antes de batizar ou decidir pela raça, vale se perguntar quanto tempo você tem para exercícios diários, qual a metragem do imóvel, como é o nível de barulho tolerado no prédio e quem mais convive com o cão, especialmente crianças e idosos. A partir desse diagnóstico, o nome surge mais naturalmente, porque reflete não apenas o gosto, mas também a dinâmica da casa. Por exemplo, nomes de duas sílabas e final aberto tendem a produzir resposta mais ágil no treino básico, enquanto nomes muito longos, embora charmosos, costumam virar apelidos — e tudo bem, desde que a família seja consistente nos comandos.

Em termos de raça, se a preferência recair sobre cães de companhia, o histórico de Shih Tzu e Yorkshire no ranking aponta para perfis afeitos ao contato humano, à rotina interna e à tosa regular. Entretanto, se a casa permite mais espaço e energia, perfis como Golden Retriever podem combinar melhor com atividades ao ar livre e socialização intensa. Alternativamente, se você está aberto à adoção, o universo SRD oferece variedade de pelagem, porte e temperamento, com a vantagem de reduzir a pressão sobre criadouros e a superlotação de abrigos. Em qualquer cenário, a palavra de ordem é compatibilidade.

Cuidados, bem-estar e longevidade: o essencial que não sai de moda

Além do afeto e da estética, a saúde ocupa o centro do palco. O mercado brasileiro revela, ano após ano, um avanço consistente em cuidados preventivos, alimentação premium e serviços de saúde veterinária. Essa maturidade se traduz em maior expectativa de vida e em vidas mais confortáveis, graças ao acesso a ração de melhor qualidade, antiparasitários eficazes e planos de saúde pet que enxergam o cão como membro pleno da família. Por conseguinte, no Dia Mundial do Cachorro, a celebração passa também por consultas em dia, carteira de vacinação atualizada e manejo ambiental que evite estresse e acidentes domésticos.

Outro elemento decisivo é o enriquecimento ambiental. Brinquedos de forrageamento, passeios com variação de rota e treinamentos curtos e frequentes mantêm o cérebro ativo e previnem problemas comportamentais. Ao mesmo tempo, rotinas previsíveis e sinais claros — como comandos consistentes e reforço positivo — favorecem aprendizagem e vínculo. Portanto, nome, raça e cuidado formam um tripé que sustenta não só um ranking, mas milhões de histórias felizes.

Perguntas rápidas que sempre surgem

Frequentemente, tutores se perguntam se vale a pena “esperar” para definir o nome ao conhecer o filhote ou se devem decidir de antemão. Em geral, conhecer o cão ajuda, porque traços de personalidade inspiram nomes mais autênticos; contudo, se a família já tem um favorito, a adaptação costuma ser imediata quando há reforço positivo. Outra dúvida comum é se nomes humanos “confundem” o cão — a resposta é não; o que importa é a consistência e a associação com experiências boas, e nisso, nomes como Mel, Luna, Thor e Luke funcionam perfeitamente. Por fim, surge a questão da moda: nomes em alta tendem a multiplicar homônimos no parque, mas, se isso não for um problema para você, acompanhar a tendência pode ser divertido e unir seu cão a uma comunidade maior de fãs.

O Dia Mundial do Cachorro, celebrado em 26 de agosto, é mais do que uma data de calendário; é um espelho do Brasil que escolhe, cuida e convive com seus cães todos os dias. Em 2025, os rankings reafirmam três movimentos que definem nossa relação com eles: a liderança afetiva e social dos SRDs, a compatibilidade prática das raças de companhia e a preferência por nomes curtos que cabem no bolso da rotina. Enquanto o mercado amadurece e as famílias se reinventam, a conexão humano-cão segue crescendo e se sofisticando, puxada por informação, serviços e, sobretudo, por um afeto que não conhece crise. Assim, celebrar hoje também significa planejar amanhã: com escolhas responsáveis, cuidados constantes e um nome que soe como abraço, seu cão terá mais que um dia — terá uma vida inteira de motivos para abanar o rabo.

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